Jornal ABC - 12/08, por JFBF

Desde a fundação,  passei a integrar o Observatório Social do Brasil, em Novo Hamburgo, uma organização da sociedade civil que integra cidadãos brasileiros que transformaram o seu direito de indignar-se em atitude: em favor da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos. Neste momento, com a aproximação das Eleições, um tema muito importante para que o Brasil trate os seus problemas na sua raiz, é o debate sobre o Voto Consciente. Mas o que é votar consciente e que atitude é essa que temos que tomar? Pense comigo: se alguém te pede para ser fiador de um aluguel - Você já deve saber que ser fiador de alguém envolve riscos financeiros e judiciais, como o de ter que pagar o aluguel para o inquilino inadimplente e até mesmo de ter seu imóvel penhorado. Consciente do papel do fiador, você prestará atenção no tipo de responsabilidade que vai assumir, você vai verificar a capacidade de pagamento e os valores dessa pessoa que te pede ajuda e, no mínimo, conferir se ele tem um histórico de pagar as contas em dia. Se não o fizer, você será prejudicado por anos e trabalhará para pagar uma conta que não é sua. O mesmo pode acontecer se você vender seu carro e não transferir os documentos imediatamente para o nome do comprador. Qualquer dano sério realizado pelo novo motorista, será sua responsabilidade e pode gerar muitos dissabores. Consciente dos riscos e de como funciona a lei, você vai prestar atenção na documentação e em todos os passos desse processo para assegurar que você não terá problemas no futuro. Pois então, nunca na história do nosso País, estivemos tão conscientes do que pode acontecer a partir do nosso voto. A lava Jato, os meios de comunicação, o Observatório Social e todas as ações da sociedade civil organizada estão trazendo a luz de como o mecanismo funciona. O voto Consciente, especialmente nesse ano, tem peso dobrado, pois você já tem consciência, já sabe dos impactos de um voto no piloto automático. Tomar uma atitude refere-se a envolver-se, procurar entender, pesquisar sobre os valores dos seus candidatos (presidentes, deputados, senadores) e inclusive o papel de cada um deles para fazer escolhas estratégicas. A partir de 2018 você não vai poder botar a culpa no Governo. A culpa é sua e você pagará a conta junto com os milhões de brasileiros. Por tanto, estude o passado, avalie as propostas, acompanhe, controle, participe de organizações da sociedade civil organizada ao invés de ficar em casa reclamando e botando a culpa nas pessoas pelas suas escolhas equivocadas. Seja você, o cidadão que você espera dos líderes do nosso País, na sua casa, no seu bairro, na sua cidade, na sua empresa.